quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Amamentação: a decisão é sua

Desde quando descobri que estava grávida, comecei a me informar sobre a amamentação. Depois de ler muito sobre o assunto, tinha uma certeza: o meu filho mamaria exclusivamente no peito até os 6 meses e depois acrescentaria outros alimentos - como o Ministério da Saúde sugere. Procurei me informar bastante sobre os benefícios do aleitamento, tanto para a mãe quanto para o filho, como amamentar, como proceder em casos de problemas e etc. Também comecei a me preparar ainda na gestação: usei pomadinhas, conchinhas de silicone, esponjinha vegetal etc e tal. Sabia dos possíveis problemas como mastite, peito empedrado, só para citar alguns, mas já tinha tomado a decisão: eu amamentaria o Miguel de qualquer jeito!!!
Numa segunda-feira, dia 11 de abril,  nasceu o Miguel e logo após a cesária saiu o colostro. Ótimo, o leite já estava a caminho, pensei. Mas o leite não chegava. As enfermeiras faziam massagens, o meu bebê puxava, mas o leite não chegava. O pediatra disse que demoraria uns 3 dias e que isso era normal, mas o leite chegaria. Usei ocitocina, mas o leite não descia. A ansiedade e o medo eram enormes. Comecei a acreditar que não teria leite. Meu Deus, quanto desespero! Toda vez que preparava NAN para o Miguel tomar me dava uma dor muito grande. Eu não queria dar aquilo para o meu filho. Eu pensava:
eu tinha amigas que tinham acabado de ter bebês e os seios delas jorravam leite, mas elas simplesmente se recusavam a amamentar seus filhos por diversos motivos e eu que queria amamentar de qualquer jeito não tinha leite.  Passou segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado e nada de leite.  A minha Obstetra tinha falado de um banco de leite em um hospital  (HUAP - Niteroi, RJ) perto de casa e que lá eu teria ajuda. Liguei, fui muito bem atendida e marquei com a enfermeira para ir ao banco de leite no domingo - ela me ajudaria a fazer massagens, verificar se a pega estava correta.
No dia combinado fomos eu, meu marido e o Miguel  ao HUAP. Chegando próximo fomos abordados por um bandido com uma arma na mão. Estávamos sendo assaltados, o cara estava enlouquecido. Ele queria o carro, estava em fuga e tinha muita pressa. O meu bebê dormia na cadeirinha. Conseguimos tirá-lo a tempo e ficamos nós três sem rumo. Meu marido foi para a delegacia e eu vim para casa agradecendo a Deus pelo livramento que a minha família tinha passado. Depois de me acalmar, eu novamente tentei amamentá-lo e para a minha surpresa o leite tinha chegado.
O meu peito nunca jorrou leite, mas sempre consegui amamentar muito bem o meu filho. Ele mama e mama muito. È uma criança saudável, alegre e brincalhona. Acredito que o sucesso da minha amamentação é traduzido em uma única palavra: perseverança. Não desisti do meu objetivo porque a minha decisão já tinha sido tomada.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Tolerância Zero

Basta aparecer a barriguinha para um montão de gente despejar seus achismo, adivinhações e palpites. Comigo não foi diferente e, pior, eles se intensificaram depois do nascimento do meu bebê.
Lembro que, ainda grávida, e com uma vontade enorme de comer um pão doce delicioso que tem na padaria aqui ao lado, me dirigi a mesma, escolhi o que tinha mais cobertura e fui pagar. A senhora que estava no caixa disse a seguinte frase: "o seu filho é um menino"! Caramba, ela acertou!!! Perguntei como soube e ela respondeu: "você entrou na padaria séria, então é menino. Se estivesse rindo, seria menina"!!! Meu Deus, não acreditei no que ouvi. Dei um sorriso incrédulo e fui comer o meu pão.
Gente, não façam mais ultrassonografia, venham na padaria que a Mãe Diná do Pão Doce descobre o sexo da criança e vocês ainda conhecem o referido pão da adivinhação, digo, pão doce.
Depois que o Miguel nasceu, aí não teve jeito: é todo mundo se metendo mesmo. Estava eu e o meu bebê numa clínica de raio-x, Miguel estava muito resfriado e então o médico pediu o exame, e um senhor de cabelos branquinhos virou para mim e falou: ele tá chorando porque tá com sede. Já deu água para ele, me perguntou. Eu expliquei que ele só mamava no peito e o motivo do choro era o desconforto causado pelo resfriado. Se os olhos desse senhor fossem metralhadoras, eu teria caído dura na mesma hora! Não poderia ter dito blasfémia maior. Depois, já indo embora, ele balançou a cabeça fazendo um sinal negativo e novamente fui alvejada pela metralhadora, ou melhor, pelo olhar de reprovação do vovô.
Ainda com relação ao fato de Miguel mamar exclusivo no peito, também ouvi: "será, então, que algum dia ele vai se acostumar com a água", me indagaram. Tive vontade de responder: "não, ele nunca vai beber água e a NASA já até o contratou para fazer experiências em planetas que não têm água."
Para finalizar, estava eu e o meu bebê na fila da lotérica aguardando a nossa vez no atendimento, quando um sujeito estilo roqueiro decadente fala a seguinte frase: "o seu bebê está incomodado no carrinho porque o diafragma dele está sendo comprimido e ele tá deitado de barriga para cima." Eu, com minha paciência de monge tibetano expliquei que o carrinho fica mais inclinado para evitar o refluxo e que os bebês têm, obrigatoriamente, de ficar com a barriga para cima, pois diminui o risco de morte súbita etc e tal. Ele ouve a explicação e fala o seguinte: "se fosse o meu filho, eu não ia querer que ele ficasse com o diafragma comprimido."
Tolerância zero para esses malas!!!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Para o papai

Eu, Miguel, no alto dos meus 4 meses, resolvi escrever uma cartinha para o meu papai em comemoração ao nosso primeiro e meio* Dia dos Pais.
Papai,
angu, angu, angu,  angu,  angu, angu, angu, angu, angu, angu, angu, angu, angu, angu, angu, angu, angu angu, angu, angu, angu, angu, angu, angu, angu, angu, angu, angu, angu, angu, angu, angu, angu, angu, angu, angu...
Como o meu vocabulário ainda não é muito extenso e angu é a palavra que uso para significar tudo, a mamãe vai traduzir.
Papai,
obrigado por eu existir. Sei que foram os seus pedidos que fizeram a mamãe engravidar de mim.
obrigado por me dar colinho logo assim que vim para este mundo.
obrigado por todo cuidado que tem comigo, ele só expressa o quanto me ama.
obrigado pelas brincadeiras, troca de fraldas, por tentar me fazer vascaíno, pelos brinquedinhos e passeios que fazemos todos os domingos até a padaria.
obrigado por cada gesto de carinho e preocupação comigo.
obrigado por dividir essa mulher linda comigo, que eu chamo de mamãe.
obrigado por compartilhar a cama comigo e dormir "oprimido" toda vez que preciso de uma atenção maior.
obrigado por me amar... ser o seu filho é o melhor presente que o Pai do Céu poderia me dar.
                                                                FELIZ DIA DOS PAIS


* Primeiro e meio Dia dos Pais porque no ano passado eu já estava na barriga da mamãe e vocês não sabiam.




quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Fantástico Mundo de Miguel

Depois das considerações iniciais (no post anterior) sobre as minhas pendengas com o mundo virtual, vou me ater ao que realmente interessa: o Fantástico Mundo de Miguel. Então, primeiramente, vou apresentar a razão de tudo: Miguel ou, carinhosamente, pipoca.
O meu bebê chegou no dia 11 de abril de 2011 e, a partir de então, passamos a habitar e viver no Fantástico Mundo de Miguel. Hoje ele completa 4 meses e posso garantir que foram os meses mais intensos de nossas vidas. Mamãe e pai tiveram suas pacatas vidas revolucionadas por um menininho com 48 centímetros, 3,550 kg, furinhos nas buchechinhas e também no queixinho. Diante de tudo isso, somente sendo loucos para não se jogarem de corpo e alma nesta alucinante jornada.
Assim, a viagem ao fantástico mundo do Miguel é, com certeza, sem volta. Já não podemos mais deixar de fazer parte deste mundo.
Se estão curiosos para conhecer esse mundo, vamos nessa e quem vai nos apresentar é o próprio... O meu Fantástico Mundo é assim:
  • acordo as 6 horas da manhã, muito feliz, brinco e como muito as minhas mãozinhas. Também dou gargalhadas com a mamãe e o papai;
  • vejo televisão (gosto muito de programas que tenham crianças)
  • faço um monte de caquinha 
  • pego um solzinho e vejo as gatinhas no meu condomínio (já tenho até uma em vista, é a Gabriela, mas ela é um pouco mais velha, já tem até dois dentinhos)
  • mamo, mamo, mamo
  • leio alguns livros (o do sapinho é o meu preferido)
  • brinco (adoro o meu móbile, fico todo sapeca com a musiquinha)
  • faço shantala e aproveito para fazer um pipi na mamãe
  • tomo banho, esse é um dos melhores momentos do dia. A mamãe que reclama porque sempre molho muito o chão
  • durmo
Viram como o meu mundo é agitado... por enquanto vou ficando por aqui pois já tá dando um soninho.....

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Estreia no mundo da blogagem

No dia 09 de Agosto de 2010, fez um ano, eu descobri que seria mãe. Depois de dois testes de farmácia positivos  e um exame de sangue para confirmar o que eu já sabia, tive a certeza que tudo em minha vida seria diferente dali em diante. Tudo mesmo. Sobre as modificações físicas e emocionais que ocorreram comigo prometo um post depois, mas agora falarei sobre uma mudança de comportamento e interesse: blogs de mulheres grávidas ou de mães compartilhando esse momento único. Depois que entrei neste universo, me viciei.
Lia, relia, concordava, discordava, achava engraçado, achava um absurdo, mas sempre procurava ficar "atualizada" com o que estava ocorrendo. E dessa curiosidade surgiu a vontade de também compartilhar a minha experiência, depois de meses ensaiando uma estreia neste mundo virtual (ler as postagens conseguia muito bem, mas criar o meu próprio blog achava quase impossível), aqui estou!!!
Entre dúvidas sobre o que é layout, spam e afins e questionar se terei tempo para postar uma linha sequer, novamente, aqui estou.
Para todos que estarão comigo nessa nova aventura virtual, bem-vindos!!!


"Claro que eu estou participando do sorteio de lançamento do Minha Mãe que Disse!"