terça-feira, 16 de agosto de 2011

Tolerância Zero

Basta aparecer a barriguinha para um montão de gente despejar seus achismo, adivinhações e palpites. Comigo não foi diferente e, pior, eles se intensificaram depois do nascimento do meu bebê.
Lembro que, ainda grávida, e com uma vontade enorme de comer um pão doce delicioso que tem na padaria aqui ao lado, me dirigi a mesma, escolhi o que tinha mais cobertura e fui pagar. A senhora que estava no caixa disse a seguinte frase: "o seu filho é um menino"! Caramba, ela acertou!!! Perguntei como soube e ela respondeu: "você entrou na padaria séria, então é menino. Se estivesse rindo, seria menina"!!! Meu Deus, não acreditei no que ouvi. Dei um sorriso incrédulo e fui comer o meu pão.
Gente, não façam mais ultrassonografia, venham na padaria que a Mãe Diná do Pão Doce descobre o sexo da criança e vocês ainda conhecem o referido pão da adivinhação, digo, pão doce.
Depois que o Miguel nasceu, aí não teve jeito: é todo mundo se metendo mesmo. Estava eu e o meu bebê numa clínica de raio-x, Miguel estava muito resfriado e então o médico pediu o exame, e um senhor de cabelos branquinhos virou para mim e falou: ele tá chorando porque tá com sede. Já deu água para ele, me perguntou. Eu expliquei que ele só mamava no peito e o motivo do choro era o desconforto causado pelo resfriado. Se os olhos desse senhor fossem metralhadoras, eu teria caído dura na mesma hora! Não poderia ter dito blasfémia maior. Depois, já indo embora, ele balançou a cabeça fazendo um sinal negativo e novamente fui alvejada pela metralhadora, ou melhor, pelo olhar de reprovação do vovô.
Ainda com relação ao fato de Miguel mamar exclusivo no peito, também ouvi: "será, então, que algum dia ele vai se acostumar com a água", me indagaram. Tive vontade de responder: "não, ele nunca vai beber água e a NASA já até o contratou para fazer experiências em planetas que não têm água."
Para finalizar, estava eu e o meu bebê na fila da lotérica aguardando a nossa vez no atendimento, quando um sujeito estilo roqueiro decadente fala a seguinte frase: "o seu bebê está incomodado no carrinho porque o diafragma dele está sendo comprimido e ele tá deitado de barriga para cima." Eu, com minha paciência de monge tibetano expliquei que o carrinho fica mais inclinado para evitar o refluxo e que os bebês têm, obrigatoriamente, de ficar com a barriga para cima, pois diminui o risco de morte súbita etc e tal. Ele ouve a explicação e fala o seguinte: "se fosse o meu filho, eu não ia querer que ele ficasse com o diafragma comprimido."
Tolerância zero para esses malas!!!

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